Passados quatro anos de seu lançamento, e mesmo sabedor que “a indústria oferece novos produtos”, não posso deixar de recomendar o meu livro A Queda.
Não escreverei aqui sobre o sucesso dele, com reedição em Portugal, tradução para o espanhol, repercussão na mídia e com os leitores. Não, nada disso. Escreverei aqui sobre os desafios de quem ainda se propõe a ler este romance.
Notei que os anúncios e referências no mês de setembro sempre faz com que as vendas aumentem. Associam ao suicídio (foi suicídio?) de Carla e às questões existenciais e familiares de pessoas que lidam com este algoz silencioso, a depressão.
Escrevi o livro como se fosse uma espécie de Clube da Luta moderna, denunciando o consumismo e incomodando nas cenas narradas de pedofilia. Precisava de tantos detalhes? Acredito que sim. É para dar engulhos? Sinto muito, mas às vezes a realidade é preta e branca e nada colorida.
Lembro-me que à época do lançamento presencial (sim, isso já ocorreu um dia) um leitor ter me perguntado se ao fim haveria uma redenção ou mesmo um final feliz para a personagem principal. Lembro-me de ter respondido que não, que na vida não é permitido o recorte de uma novela e que seguimos todos, a rolar os dados.
Redenção houve? Acredito que sim. Como o fato de ter tantos leitores afeitos a uma leitura provocativa, reflexiva e amorosa, por que não, em muitas das passagens. Aventurem-se pela leitura, sem preconceitos e com largueza de visão. Riem, chorem, reflitam e indaguem. Tente se situar neste caleidoscópio de personagens que bem poderiam ser qualquer um de nós.
A Queda, um produto nada vencido!
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