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Especial

O Cabinho

Conhece-Te

Publicados

em

Por Carlos Eduardo Soares de Souza

Nasceu em uma casa da chamada classe média baixa. Era uma cidadezinha modesta que os parentes de outras cidades maiores do entorno chamavam de lugar pobre. Era o final da década de trinta. O pai rebocara a morada por fora apenas para parecer uma casa vistosa, externamente pintada e bonita. E como dizia, “por fora é que mostra a boa aparência e a fortuna dos moradores.”


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Especial

A democratização da ideia de liberdade

José Mauricio de Carvalho

Publicados

em

O movimento moderno mais bem-sucedido em defesa da liberdade civil foi a revolução liberal conduzida por intelectuais e burgueses britânicos. Os primeiros preocupados com a liberdade de pensar e em preservar a singularidade pessoal no âmbito do subjetivismo moderno e os segundos em defender a propriedade das investidas arbitrárias do monarca absolutista. Os primeiros tinham vivo compromisso com a razão e a verdade, pois a descoberta da subjetividade renovou o olhar para o mundo e para o homem promovendo um novo olhar para o mundo. Os segundos preocupavam-se em limitar o poder do Estado Absoluto para que os governantes se pautassem por leis justas, construídas por representantes do povo e julgadas por juízes independentes.


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Agente literário

O Agente Literário e suas conquistas

Conhece-Te

Publicados

em

Nosso agenciado Ricardo Trajano foi entrevistado por Danilo Gentili no programa “The Noite” do SBT.
Representamos Ricardo oferecendo às melhores editoras do país o original de “Sobre Viver”.
A história de Ricardo é muito bonita e emocionante. Em 1973, ele foi o único sobrevivente passageiro num voo da Varig que fazia a rota Rio de Janeiro – Paris.
Hoje Trajano emociona plateias do Brasil inteiro com suas concorridas palestras.

Escritores d`O Agente Literário
são destaques na Costa Rica

 

 

 

É com grande satisfação que anunciamos a entrada de Marcos Bulcão ao seleto time de agenciados de nossa empresa.
Marcos Bulcão, 51 anos, é filósofo e atleta, trader e escritor, não necessariamente nessa ordem. Doutor em Filosofia pela USP, com mestrado (Université de Paris VIII) e pós-doutorado em Psicanálise (University of London). Tem cinco livros publicados na área acadêmica e seu favorito, sobre sua jornada de 2.000km pela Europa, quando andou de Londres até Roma, O Filósofo Peregrino (editado pela Record). Atualmente tem se dedicado aos estudos de Psicologia de Mercado e o papel das emoções na tomada de decisões. Mora em Montreal, Canadá.
Nosso Relações Públicas Marcelo Pereira Rodrigues comenta: “Conheci a obra do Marcos primeiramente lendo o seu O Filósofo Peregrino. Fiquei fã. Fiz contato e ele foi bastante gentil, me concedendo uma entrevista para a Conhece-te. Daí nasceu uma amizade e admiração mútua. Coisa de anos, como apraz a boas amizades e parcerias. Quando ele nos propôs cuidar de sua carreira, assentimos sem pestanejar pelo crivo da qualidade dos textos dele. Virá se reunir ao nosso qualificado time.”
Marcos, que já foi destaque de capa em duas edições da Revista Conhece-te, passará a escrever uma coluna mensal nesta revista. Marcos comenta: “Uma alegria participar desse ilustre time.”

 

Lançamento de Tolerância
em Curitiba superou expectativas

No último 11 de outubro, nem a chuva e o frio comprometeram a palestra e sessão de autógrafos de Tolerância, o 15º livro da carreira de Marcelo Pereira Rodrigues. No Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (à rua José Loureiro, 43, centro), Marcelo se apresentou para juízes, desembargadores, professores, escritores, historiadores e intelectuais apresentando um pouco a ponte entre literatura e filosofia, indicando a história e geografia como componentes do seu rebento livro de ficção.
Citou passagens literárias e filosóficas marcantes, de Sartre a Descartes, passando por Platão e Luc Ferry. A palestra na íntegra pode ser acessada pelo Facebook do Instituto. Vale a pena. O preletor também abordou o mundo dos negócios no mercado editorial, dando dicas aos escritores neófitos (e outros nem tanto).
Sobre a sua fala, o acadêmico de Cultura e observador da Cultura Paranaense Luiz Roberto Araújo deu o seguinte depoimento: “Assisti a palestra no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná-IHGPR e deixo registradas as minhas impressões. Domínio total do conteúdo, muita clareza na explanação o que me despertou grande interesse”.
O editor da Estrada de Papel Saulo Adami agradeceu: “Gratidão, Marcelo Pereira Rodrigues! Ficamos felizes com sua marcante presença no Instituto Histórico e Geográfico do Paran

á! Avante!”
Marcelo deu o seguinte depoimento: “Foi um evento gratificante. Reencontrar os meus leitores de Curitiba, aproveitando para agradecer ao divulgador Cristiano Martinez que sempre divulga o meu trabalho em Guarapuava e Maringá, encontrar colegas de profissão talentosos como o

Sandro Bier e claro, poder autografar Tolerância e iniciar assim a turnê de divulgação deste livro. Estou muito feliz!”
É isso aí. Para este ano ainda, ocorrerão eventos em Conselheiro Lafaiete, Tiradentes e Belo Horizonte. Para o ano que vem, certamente uma sessão de autógrafos durante a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e seguindo o dito de Milton Nascimento, a de que o artista deve ir aonde o povo está, o certo é que Tolerância chegará aos leitores de todo o Brasil. Encomendas do livro podem ser solicitadas via WhatsApp (31) 98569-3602. O site oficial é o www.marcelopereirarodrigues.com.

Tem mais um escritor talentoso do Sul chegando aqui à agência O Agente Literário!
Moises Krieger, M. E. KRIEGER, é natural de Brusque – SC, formado em Ciência Política, pela UNIVALI, especialista em Filosofia pela FURB, graduado em Ciências Biológicas pela Uniasselvi, professor de biologia/ciências na rede pública. Autor dos livros:
 “O Homem Comum”
 “As Quatro Estações – Flor de Lis”
 “As Deusas – Maat: O livro dos Mortos”.
O seu novo livro é “Lockfsthen” (título provisório), o qual se inspira no genocídio armênio, a qual Knarig e seu marido são sobreviventes do evento e vivendo no Brasil. Vahagn é um compositor clássico que recebe uma encomenda de compor uma música homenageando todas as vítimas e, a partir desse momento começam a acontecer várias mortes envolvendo amigos e sobreviventes do genocídio.
Uma trama cheia de suspense e mistério, agora é mãos à obra para a leitura crítica do original antes de oferecê-lo às melhores editoras do Brasil e Portugal.
Sempre seletos na hora de firmarmos nossas parcerias, o certo é que Moises Krieger preeche todos os requisitos dada a sua competência e profissionalismo.

Novo livro de Marcelo Pereira Rodrigues

O dia de folga é o novo livro de Marcelo Pereira Rodrigues. Oferecido às editoras no início deste ano, a celebração do contrato se deu com a Caravana Grupo Editorial. No parecer do seu editor Leonardo Costaneto, consta: “Após avaliação do original O dia de folga, remetido a nós, apresento parecer favorável à publicação. O conjunto de textos submetido é muito bom. Com temas do cotidiano, as narrativas são descritivas e imersas em múltiplos significados. Dou por aprovado.”
O conto que abre o livro é homônimo ao título e foi publicado na Revista Conhece-te (edição nº 251 de janeiro). Traduzido para o inglês, foi publicado na revista Sindh Courier, do Paquistão e, traduzido do inglês para o uzbeque, na revista Nodirabegim, do Uzbequistão. Mais 13 contos compõe a obra, na estreia de Marcelo no gênero, ele que também submete pequenas histórias a concursos literários do mundo inteiro.
O prefaciador de O dia de folga, Tiago Ferreira, colega de escrita de Marcelo no site cultural O Barrete, de Portugal, aponta: ”O dia de folga, de Marcelo Pereira Rodrigues, é um compêndio de histórias metafóricas e humanas, que — como um todo — permitem a extracção de significados tão próprios da essência humana. As descrições longas — e, contudo, tão precisas e leves — permitem que a leitura seja de uma agradável fluidez, de tal forma que conseguimos entrar dentro dos nossos protagonistas. Partindo de assuntos ‘banais’, Marcelo Pereira Rodrigues tem a capacidade de tocar o coração do leitor, transformando a história, inicialmente simples, num ensaio sobre a nossa existência. O ambiente que cria é bastante único e reconfortante, sendo a sua narração bastante visual e auditiva, o que permite que a absorção da mesma seja, continuamente, rica e completa. Além disso, a expressividade dos diálogos é de uma mestria tal que se torna muito fácil reconhecer em Marcelo Pereira Rodrigues um domínio acentuado na arte de contar histórias. A própria divisão do livro através de actos de significância temática transforma, novamente, todas as narrativas num conjunto alegre de introspecção e sentimentalismo profundo. Todas as histórias acabam com um certo sinal de esperança, sem nunca, contudo, diminuir o realismo inerente à magia das suas histórias, a partir das quais Marcelo Pereira Rodrigues revela uma criatividade, uma maturidade e uma destreza literária tremendas. De facto, Marcelo Pereira Rodrigues consegue com o dia de folga dar, precisamente, um dia de folga às nossas mágoas e inquietudes mais supremas, no sentido em que permite canalizá-las para uma trajectória de crescimento, de amor e de superação.”
Recebam o livro autografado em suas residências o adquirindo a R$ 50,00 pelo site oficial do escritor www.marcelopereirarodrigues.com.br e mesmo via WhatsApp (31) 98569-3602.

 

 

 

 

TEM ESCRITOR NOVO CHEGANDO AO O AGENTE LITERÁRIO!
Saulo Adami, de Curitiba-PR, natural de Brusque-SC, é profícuo escritor, um verdadeiro agitador cultural. Cronista, contista, novelista e romancista, jornalista, dramaturgo e roteirista (ufa!) o artista ainda possui uma editora e nos contratou para representá-lo e ajudá-lo a disseminar os seus escritos pelo Brasil, América Latina, Estados Unidos e Portugal, dentre alguns outros países.
Gostamos de trabalhar com autores profícuos e já estará no nosso catálogo que circulará entre profissionais do livro na Bienal Internacional do Livro do Rio, agora, de 3 a 12 de dezembro, no Riocentro.

Saulo, obrigado pelo voto de confiança, e parabéns por escolher uma agência tão dinâmica. Muito feliz com esta ponte Minas-Curitiba.

 

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Conhece-te

Pensamentos & Reflexões

Conhece-Te

Publicados

em

Ivan Lessa

“Na seca, conhecem-se as boas fontes, e na adversidade, os bons amigos.”
Provérbio chinês.

“Se a realidade não corresponde ao nosso conceito, pior para a realidade.”
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão (1770-1831).

“Para o ocidental contemporâneo, mesmo quando está bem de saúde, o pensamento da morte constitui uma espécie de ruído que vem encher o cérebro quando os projetos e os desejos acabam. Com a idade, a presença desse barulho torna-se cada vez mais forte. Pode-se compará-lo a um ronco surdo, às vezes acompanhado de um rangido. Em outras épocas, o ruído correspondia à espera do reino do Senhor; hoje, corresponde à espera da morte. É assim.”
Michel Houellebecq, no romance Partículas Elementares.

“Considere dois irmãos gêmeos. Suponha que um deles vá viver no topo de uma montanha, enquanto o outro continua morando ao nível do mar. O primeiro gêmeo envelheceria mais depressa do que o segundo. Assim, se eles voltassem a se encontrar, um estaria mais velho do que o outro. Nesse caso haveria uma diferença de idade muito pequena, mas ela seria bem maior se um dos gêmeos fizesse uma longa viagem em uma espaçonave quase à velocidade da luz. Quando ele regressasse, estaria muito mais jovem do que aquele que ficou na Terra. Isso é conhecido como paradoxo dos gêmeos, mas é um paradoxo apenas se continuarmos pensando em termos de tempo absoluto. Na teoria da relatividade, não existe tempo absoluto único; em vez disso, cada indivíduo tem sua própria medida de tempo, que depende de onde ele se encontra e de como está se movendo.”
Stephen Hawking, no livro Uma Breve História Do Tempo.

 

“Eu aprecio conversar com os velhos. Penso que devemos aprender com eles, pois são pessoas que nos antecederam num caminho que também iremos trilhar, para assim conhecermos como é: áspero e árduo ou tranquilo e cômodo.” Sócrates, filósofo grego.

“Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador.”
Luis Fernando Verissimo, escritor brasileiro (1936-).

 

“Mostre-me seis linhas escritas pelo mais honesto dos homens e eu encontrarei um motivo para enforcá-lo.”
Cardeal de Richelieu, político francês (1585-1642).

 

“Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são.”
Miguel de Cervantes, escritor espanhol (1547-1616).

“Quando você melhora um pouco a cada dia, com o tempo grandes coisas acontecem. Não procure uma melhora rápida e grande. Procure alcançar pequenos progressos, um dia de cada vez. Essa é a única maneira de realizar seu objetivo – e quando acontecer, será duradouro.”
John Wooden, técnico de basquete estadunidense (1910-2010).

“Desde a aurora da civilização as pessoas não se dão por satisfeitas com a noção de que os eventos são desconectados e inexplicáveis. Sempre ansiamos por compreender a ordem subjacente do mundo. Hoje, ainda almejamos saber por que estamos aqui e de onde viemos. O desejo profundo da humanidade pelo conhecimento é justificativa suficiente para nossa busca contínua. E nossa meta não é nada menos do que uma descrição completa do universo onde vivemos.”
Stephen Hawking, físico britânico (1942-2018).

“Sê aquele que afasta as pedras do caminho, o ódio dos corações, as dificuldades de um problema.”
Gabriela Mistral, poeta chilena (1889-1957).

“Ele praticava tanto esporte, explicou-me certa vez, para se embrutecer, para impedir-se de pensar. E conseguiu: eu tinha certeza de que ele passou pela vida sem nem mesmo cogitar numa real interrogação sobre a condição humana.”
Michel Houellebecq, no romance Plataforma.

“Os médicos prescrevem a tranquilidade, o repouso e a calma, como se cada um pudesse comprar esses medicamentos, em frascos, na farmácia.”
Pitigrilli, escritor e jornalista italiano (1893-1975).

“Querer duas coisas quando se tem uma delas é abrir a porta ao demônio.”
Provérbio tibetano.

“Para o enamorado, uma mulher bonita é um objeto de gozo; para o eremita, um motivo de distração; e, para o lobo, uma boa refeição.”
Poema zen.

“Toda reprovação só pode ferir se atinge o alvo. Quem quer que realmente saiba que não merece uma reprovação pode tratá-la e a tratará com desprezo.”
Arthur Schopenhauer, filósofo alemão polonês (1788-1860).

 

“Faça trabalhar a cabeça e dê férias à língua.”
Adágio popular.

“Paulo Freire era um líder estupendo. Ele conseguia inspirar. Ele era meu chefe na hierarquia, mas era também um líder. Tanto que, quando ele me chamava na sala dele para me dar uma bronca, eu ia animado. Porque eu sabia que ia sair de lá melhor. Eu sabia que, mesmo que fosse para tomar uma repreensão ou para corrigir uma rota, eu criava uma boa expectativa ao entrar na sala dele: ‘O senhor me chamou?’ E às vezes tomava uma chamada daquelas de cima abaixo. Não tinha problema. Eu saía de lá animado com a possibilidade de corrigir algo, por intermédio de alguém que eu respeitava e que estava fazendo aquilo para que a obra fosse maior. Isso é líder.”
Mario Sergio Cortella, no livro Qual É A Tua Obra?

Nota: na edição nº 236 de outubro de 2020, Lorena Coimbra publicou uma resenha do livro Shantaram, de Gregory David Roberts (Intrínseca, 2011, 910 p.). A partir de sua resenha, animei-me a ler o catatau e a experiência foi maravilhosa. Apesar de controvertido, afinal vale lembrar que o livro foi escrito por um criminoso que pagou a sua pena, mas vale aquela metáfora de que no lodo nascem belas flores. Extraí os pensamentos para compartilhar com vocês. Convido à leitura do livro em si, reforçando o apelo de Lorena.
Marcelo Pereira Rodrigues

“A voz, segundo os casamenteiros afegãos, é mais da metade do amor.”
“A verdade simples e desconcertante sobre a Índia e os indianos é que, quando se vai para lá, quando se interage com eles, o coração é sempre um guia mais sábio do que a cabeça. Não existe outro lugar no mundo onde isso seja tão verdadeiro.”
“Desde a minha fuga, aprendera que contar às pessoas uma pequena parte da verdade – que eu era um escritor – me fornecia uma fachada útil e flexível. Era uma história vaga o bastante para explicar estadas prolongadas ou partidas súbitas. E a palavra pesquisa era abrangente o bastante para justificar perguntas sobre determinados assuntos, como transporte e viagem, e a disponibilidade de documentos falsos, que às vezes eu era obrigado a fazer. Além disso, a fachada me garantia alguma privacidade: a simples ameaça de contar para as pessoas, em detalhes, sobre o desenvolvimento da minha obra costumava desencorajar todos, menos os curiosos mais persistentes.”
“Escrever foi uma das coisas que me salvaram: a disciplina e a abstração necessárias a transpor minha vida em palavras, diariamente, me ajudaram a lidar com a vergonha e com seu primo-irmão, o desespero.”
“Um homem sem pressa chega rápido a lugar nenhum. (Ditado em Marselha)”
“A civilização, afinal de contas, é definida mais pelas proibições que pelas permissões.”
“A verdade é um brutamontes de quem todos nós fingimos gostar.”

 

“Algumas das garotas com quem transo hoje tinham três anos quando as conheci. Não tenho culpa se elas estão envelhecendo.”
Mick Jagger, dos Rolling Stones (1943-).

 

“Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não costumam preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria. Com efeito, os juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que eles causam os maiores malefícios aos maus e os maiores benefícios aos bons. Irmanados pelas suas próprias virtudes, eles só aceitam a convivência com os seus semelhantes e consideram estranho tudo que seja diferente deles.”
Epicuro, filósofo grego, na Carta sobre a Felicidade.

 

 

“O ausente nunca tem razão.”
Provérbio português.

“Você sabe qual é a diferença entre o escritor e o jornalista? O jornalista se define por aquilo que diz, e o escritor, por aquilo que cala.”
Elie Wiesel, no romance O caso Sonderberg.

 

“Esse desespero que se ignora, é a forma mais frequente do mundo. Sim! O mundo, como lhe chamam, ou, para ser mais preciso, o mundo no sentido cristão. O paganismo, e na cristandade, o homem natural, o paganismo da antiguidade e do nosso tempo constituem precisamente esta espécie de desespero, o desespero que se ignora.”

Søren Kierkegaard, filósofo dinamarquês (1813-1855).

“Minhas notas na escola variavam de abaixo da média a abaixo de zero. Fui reprovado no exame de Metafísica. O professor me acusou de estar olhando para a alma do rapaz sentado ao meu lado.”
Woody Allen, cineasta norte-americano (1935-).

 

“Se os seus princípios são rígidos e inabaláveis, você, pessoalmente, já não precisa ser tanto.”
Millôr Fernandes, jornalista e humorista brasileiro (1923-2012).

 

 

 

 

 

 

 

“A psicanálise é a maneira mais rápida e objetiva de ensinar as pessoas a odiar o pai, a mãe e os amigos.”
Otto Lara Resende, jornalista e escritor brasileiro (1922-1992).

 

 

 

 

 

 

 

 

“O excesso de propaganda não funciona: as pessoas têm uma resistência inerente ao marketing que parece tentar seduzi-los.”
Derek Thompson, no livro Hit Makers, Como Nascem As Tendências.

“Um indivíduo defende quando a sua força é inadequada; ele ataca quando ela é abundante. Aqueles que são peritos em defesa escondem-se em catacumbas subterrâneas; aqueles que atacam, atacam como se descendo dos céus. Portanto, eles são capazes tanto de proteger a si mesmos quanto de obter uma vitória completa. ”
Sun Tzu, no livro A Arte da Guerra.

“Deus é um desespero que começa onde todos os outros acabam. ”
Emil Cioran, filósofo romeno (1911-1995).

“Por mim, as mulheres podem trabalhar onde quiserem – desde que eu encontre o jantar pronto quando chegar em casa. ”
John Wayne, ator estadunidense (1907-1979).

“A gente só leva da vida a vida que a gente leva. ”
Tom Jobim, compositor brasileiro (1927-1994).

“Só a virtude torna possível e durável a amizade, porque só o homem virtuoso é capaz de amar os outros. E a si mesmo. Amar a si mesmo não quer dizer andar em pós de gozos grosseiros, de riquezas, etc.; porém amar e cultivar em si mesmo o que há de melhor e mais perfeito. O homem que ama a si mesmo dará aos amigos e à pátria, quando preciso, os seus bens e até a vida. O amor de si dispõe, de tal modo, o homem virtuoso a amar os outros. Quando dois amigos são virtuosos, amam-se reciprocamente, porque ambos amam a mesma coisa: o bem e a beleza da virtude. O mau de contrário, não amando verdadeiramente a si mesmo, tampouco é capaz de amar os outros.”
Aristóteles de Estagira, filósofo grego (384 a. C. – 322 a.C.).

 

 

 

 

“O mal da imprensa é que ela não ousa mais desagradar o leitor. “

Paulo Francis, escritor e jornalista brasileiro (1930-1997).

Nota da Redação: nesta seção, publicaremos uma seleta de pensamentos do filósofo francês François de la Rochefoucauld, que nasceu em Paris em 1613 e faleceu em 1680. Suas máximas moralistas revelam-se atuais até os tempos atuais.

“O amor próprio é o maior de todos os aduladores. ”
“O ciúme alimenta-se de dúvidas e transforma-se em fúria ou termina quando se passa da dúvida à certeza. ”
“O interesse fala todas as línguas e desempenha todos os papéis, mesmo o de desinteressado. ”
“Desenganar um homem convencido de seu mérito é prestar-lhe tão mau serviço como aquele louco de Atenas que pensava que todos os navios que chegavam ao porto eram seus. ”
“Há bons casamentos; mas deliciosos, não. ”
“A glória dos grandes homens deve medir-se sempre pelos meios de que eles se serviram para conquistá-la. ”
“Quando os vícios nos abandonam, sentimo-nos lisonjeados com a crença de que fomos nós que os abandonamos. ”
“A pressa em pagar um favor é uma espécie de ingratidão. “
“O prazer do amor consiste em amar, e em sermos felizes mais pela paixão que temos do que pela que damos. “
“Só encontramos bom senso nos que são da nossa opinião. “
“Não agradamos por muito tempo quando só temos uma espécie de espírito. “
“Podemos parecer grandes num cargo abaixo do nosso mérito, mas muitas vezes parecemos pequenos num cargo maior do que nós. ‘
“A inveja desaparece pela verdadeira amizade e o galanteio pelo verdadeiro amor. “
“Há más qualidades que fazem grandes talentos. “
“Antes de cobiçar alguma coisa é bom indagar se quem a possui é feliz. ”
“Há gente tão consciente da sua fraqueza que faz da fraqueza força. “
“Em geral, somos mais maledicentes por vaidade que por malícia. “
“A velhice é um tirano que proíbe, sob pena de morte, todos os prazeres da juventude. “
“Facilmente perdoamos os defeitos dos nossos amigos quando eles não nos afetam. “
“Um homem equilibrado pode apaixonar-se como um louco, mas não como um bobo. “
“Por que será que temos tanta memória para reter as menores particularidades do que nos sucede e tão pouca para nos lembrar de quantas vezes a narramos a uma mesma pessoa? “
“A verdadeira coragem consiste em fazer sem testemunhas o que seríamos capazes de fazer diante dos outros. “

 

“O sol nasce para todos. Já o crepúsculo é meio classe média”.
Ivan Lessa,
escritor brasileiro (1935-2012).

“O Brasil está a caminho de converter-se no país mais ocidental da África”.
Delfim Netto,
economista brasileiro (1928-).

 

“Se você vai ficar pensando, então é melhor pensar de modo ambicioso”.
Donald Trump.

 

“Quando você diz que, em princípio, concorda com alguma coisa, o que você quer dizer é que não tem a menor intenção de levar a coisa adiante”.
Otto Von Bismarck.

 

 

 

 

Epicuro

“Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito”.
Epicuro,
filósofo grego (341 a. C.–270 a. C.).

 

“Quem não se levanta com o sol não gosta do dia”.
Miguel de Cervantes,
escritor espanhol (1547-1616).

 

“Surpreender-se, admirar-se, é começar a entender”.
José Ortega y Gasset,
filósofo espanhol (1883–1955).

 

“O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao nos oferecer a opinião dos deseducados, ele nos mantém em dia com a ignorância da comunidade”.
Oscar Wilde,
dramaturgo e escritor irlandês (1854–1900).

 

“Ideias são como barbas: o homem só tem uma quando ela cresce”.
Voltaire,
filósofo francês (1694–1778).

“Há três tipos de tiranos. Uns adquirem o poder por eleição do povo, outro pela força das armas, e os últimos por sucessão hereditária. Como é bem sabido, os que adquiriram o poder pelo direito da guerra se comportam como se estivessem em país conquistado. Os que nascem reis geralmente não são melhores. Nascidos e alimentados no seio da tirania, sugam com o leite a natureza do tirano e olham os povos submetidos a eles como servos que herdaram. Segundo sua inclinação dominante, avaros ou pródigos, dispõem do reino como de sua herança. Parece-me que aquele a quem o povo entregou o Estado deveria ser mais suportável, e o seria, como creio. Mas, logo que se vê elevado acima dos outros, encantado com esse não sei quê que chamam grandeza, decide não sair mais. Considera quase sempre o poder que o povo lhe conferiu como devendo ser transmitido a seus filhos. E, desde que adotaram essa ideia, é surpreendente ver como superam os outros tiranos em todos os tipos de vícios, e mesmo em crueldade. Não encontram meio melhor para assegurar a nova tirania a não ser reforçar a servidão e afastar tanto seus súditos da liberdade que, por mais recente que seja sua recordação, logo se apaga de sua memória”.
Étienne de La Boétie,
filósofo francês (1530–1563).

 

“Por que escovar os dentes quatro vezes por dia e fazer sexo duas vezes por semana? Por que não o contrário?”
Woody Allen,
cineasta estadunidense (1935- ).

 

“A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira”.
Nelson Rodrigues,
escritor e dramaturgo brasileiro (1912–1980).

 

“O importante não é ficar com raiva, mas ficar com raiva das coisas certas. Eu disse a ela, olhe a questão de uma perspectiva darwinista. A raiva serve para tornar a gente eficaz. Essa é a sua função na sobrevivência. É por isso que a raiva nos foi dada. Se ela nos torna ineficazes, livre-se da raiva, feito uma batata quente”.
Trechinho do romance Casei Com Um Comunista,
de Philip Roth.

 

“Em 1953, J. Edgar Hoover publicou um relatório do FBI avisando que ‘a nação pode esperar um chocante aumento no número de crimes cometidos por adolescentes nos anos vindouros’”.
Derek Thompson,
no livro Hit Makers – Como Nascem As Tendências.

 

“Gosto de cachorros com uma antiga e fiel ternura. Gosto deles porque sempre perdoam”.
Albert Camus,
escritor franco argelino (1913–1960).

 

“Sonhar-se é acordar-se para dentro”.
Mário Quintana,
poeta brasileiro (1906–1994).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Anysio

 

 

“O humor serve para muitas coisas, inclusive para fazer rir”.
Chico Anysio,
comediante brasileiro (1931-2012).

 

“É verdade, nunca entendi se essa moda de pedir desculpas é sinal de um surto de humildade ou de puro descaramento: você faz algo que não deveria fazer, depois pede desculpas e lava as mãos. Isso lembra a velha piada do caubói que está cavalgando pela campina e ouve uma voz do céu que o manda ir para Abilene, em Abilene a voz o manda entrar no saloon, depois jogar na roleta e apostar todo o dinheiro no número cinco, o caubói obedece, impressionado com a voz celeste, sai o dezoito e a voz sussurra: Que pena, perdemos”.
Umberto Eco,
no romance Número Zero.

 

“A arte também é apenas uma maneira de viver. A gente pode preparar-se para ela sem o saber, vivendo de qualquer forma. Em tudo o que é verdadeiro, está-se mais perto dela do que nas falsas profissões meio-artísticas. Estas, dando a ilusão de uma proximidade da arte, praticamente negam e atacam a existência de qualquer arte. Assim o faz, mais ou menos, todo o jornalismo, quase toda a crítica e três quartos daquilo que se chama e se quer chamar literatura”.
Rainer Maria Rilke,
escritor alemão, no livro Cartas A Um Jovem Poeta.

 

“Tal qual o nascimento, a morte é um mistério da natureza; nos mesmos elementos de que ele nos compõe, ela nos dissolve. Em suma, não é motivo de vergonha; não é incompatível com a condição do ser inteligente, nem com o plano da estrutura”.
Marco Aurélio,
filósofo e imperador romano, no seu livro Meditações.

 

“Tenho sido chamado de muitas coisas: filósofo, psicólogo, pagão, agitador, anticristo. Tenho sido chamado até de algumas coisas nada lisonjeiras. Mas prefiro me denominar um cientista, porque a pedra angular de meu método filosófico, bem como do método científico, é a descrença. Sempre sustento o ceticismo mais rigoroso possível e estou sendo cético agora. Não posso aceitar suas recomendações de exploração psíquica com base na autoridade médica”.
Irvin D. Yalom,
dando voz a seu personagem Nietzsche no romance Quando Nietzsche Chorou.

 

“As mulheres honestas não se conformam com os pecados que não cometeram”.
Sacha Guitry,
ator russo, radicado na França (1885-1957).

 

“A inconstância das mulheres que eu amo só é igualada pela infernal constância das mulheres que me amam”.
George Bernard Shaw,
dramaturgo e romancista irlandês (1856-1950).

 

“Acho a televisão muito instrutiva. Quando alguém a liga em minha casa, corro à estante e pego um bom livro para ler”.
Groucho Marx,
comediante e ator estadunidense (1890-1977).

 

“Ela mergulhou rapidamente no livro e notei que estava lendo alguma coisa de Sartre, o respeitado filósofo francês, escritor e elaborador de existencialismo, que ninguém entende, já que é tão vazio e cheio de contradições”.
Isaac B. Singer,
no romance O Penitente.

 

“A autoridade do governo, inclusive a do governo ao qual estou disposto a me submeter – eis que obedecerei de bom grado aos que saibam e façam melhor do que eu e, sob certos aspectos, obedecerei até àqueles que não saibam nem façam as coisas tão bem -, é ainda impura. Para se tornar totalmente justa, ela precisa contar com a sanção e com o consentimento dos governados. O governo não pode ter sobre minha pessoa e meus bens qualquer direito puro além do que eu o concedo. A evolução de uma monarquia absoluta para uma monarquia constitucional, e desta para uma democracia, é um progresso no sentido do verdadeiro respeito pelo indivíduo”.
Henry David Thoreau,
filósofo norte-americano (1817-1862).

 

“A alta sociedade não passa de uma proteção pessoal contra a vulgaridade da rua ou da taberna. A alta sociedade, no sentido ordinário da palavra, não tem nem ideia nem fim”.

Ralph Waldo Emerson,
filósofo norte-americano (1803-1882).

 

Nota da Redação: Na seção deste mês, todos os pensamentos e o poema foram extraídas do romance O Lobo da Estepe, clássico de Hermann Hesse.

 

“’Veja os macacos que somos! Veja o que é o homem!’ E toda a celebridade, toda a inteligência, toda a conquista do espírito, todo o afã para alcançar a sublimidade, a grandeza e o duradouro do humano se esboroava de repente e não passava de frívolas momices”.

“- Veja só esta frase: ‘O homem deveria orgulhar-se da dor; toda dor é uma manifestação de nossa elevada estirpe.’ Magnífico! Oitenta anos antes de Nietzsche! Mas não é esta a passagem que eu pensava mostrar-lhe… Espere, aqui está. Ouça: ‘A maioria dos homens não quer nadar antes que o possa fazer’. Não é engraçado? Naturalmente, não querem nadar. Nasceram para andar na terra e não para a água. E, naturalmente, não querem pensar: foram criados para viver e não para pensar! Isto mesmo! E quem pensa, quem faz do pensamento sua principal atividade, pode chegar muito longe com isso, mas, sem dúvida, estará confundindo a terra com a água e um dia morrerá afogado”.

“Pois o que eu odiava mais profundamente e maldizia mais, era aquela satisfação, aquela saúde, aquela comodidade, esse otimismo bem cuidado dos cidadãos, essa educação adiposa e saudável do medíocre, do normal, do acomodado”.

“É difícil achar esse trilho de Deus em meio à vida que levamos, na embrutecida monotonia de uma era de cegueira espiritual, com sua arquitetura, seus negócios, sua política e seus homens! Como não haveria de ser eu um Lobo da Estepe e um mísero eremita em meio de um mundo de cujos objetivos não compartilho, cuja alegria não me diz respeito!”.

“Era ridículo consumir-me no impotente desejo de calor humano. Solidão é independência, com ela eu sempre sonhara e a obtivera afinal após tantos anos. Era fria, oh! sim!, mas também era silenciosa e grande como o frio espaço silente em que giram as estrelas”.

“O juiz que se senta defronte ao criminoso e o fita no rosto, e por um instante reconhece todas as emoções, potencialidades e possibilidades do assassino em sua própria alma de juiz e ouve a voz do assassino como sendo a sua, já no momento seguinte volta a ser uno e indivisível como juiz, volta a encerrar-se na envoltura do seu eu quimérico e cumpre seu dever e condena o assassino à morte”.

“Eu, o Lobo da Estepe, vago errante
Pelo mundo de neve recoberto;
Um corvo sai de uma árvore, adejando,
Mas não há corças por aqui, nem lebres!
Vivo ansiando por achar a corça,
ah! se eu desse com uma!
Tê-la em meus dentes, entre as minhas garras,
nada seria para mim tão belo.
Havia de tratá-la tão cordial,
De cravar-lhe nas ancas os meus dentes,
beber-lhe o sangue até a saciedade
a uivar depois na noite solitário.
Contentava-me mesmo com uma lebre!
Na noite sabe bem a carne flácida.
Por que de mim há de afastar-se tudo
quanto faz esta vida mais alegre?
Em minha cauda o pelo está grisalho
e também já não vejo as coisas nítidas;
há muito que morreu a minha esposa
e vivo a errar sonhando corças,
ansiando lebres,
ouço o vento soprar na noite fria
com neve aplaco o fogo da garganta
e levo para o diabo a minha alma”.

 

 

“Não queira ser qualquer coisa diferente
do que você é, e tente sê-lo o
melhor que puder”.

São Francisco de Sales, santo italiano (1567-1622).

 

“Sem dúvida os macacos antropoides
são, de todos os animais, os que mais
se parecem com o homem por sua
estrutura anatômica, mas, se considerarmos
os costumes das formigas,
sua organização em sociedade, suas
grandes comunidades, as casas e as
estradas que constroem, e por vezes
até o hábito de escravizar, somos
forçados a admitir que elas têm o
direito de receber um lugar perto do
homem na escala da inteligência”.

Guy de Maupassant, no conto Yvette.

 

“Lá vem o mineiro. Ele não olha: espia. Não presta atenção: vigia só. Não conversa: confabula. Não combina: conspira”.
Fernando Sabino
escritor brasileiro (1923 – 2004).

 

“O velho passado é um museu de inúteis curiosidades históricas. Tudo tem de ser ‘novo’, sem tempo de envelhecer. A isso, soma-se a sensação de que as nações não controlam mais seu destino, de que somos barquinhos à deriva no mar das corporações, de que a vida é um subproduto do balanço das companhias. E, ainda por cima, aqui no Brasil, temos a brutal resistência do atraso patrimonialista e oligárquico. O mal ficou banalizado e o bem, um luxo ridículo, quase uma vaidade, um hobby. Estamos nos acostumando a isso. Pior que a violência é o acostumamento com a violência. Não é nem cinismo; é tédio. Há um sentimento difuso de que não podemos fazer nada, o que gera o sucesso dos evangélicos tipo Igreja Universal e o perigo de populismos fascistóides”.

Arnaldo Jabor
no livro Amor é Prosa, Sexo é Poesia.

 

“O desprezo que sentem os grandes, pelo povo, torna-os indiferentes às lisonjas ou aos louvores que dele recebem, e isto serve de algum modo a temperar-lhes a vaidade; do mesmo modo, os príncipes muito louvados, sem medida e sem descanso, pelos grandes e pelos cortesãos, ainda seriam mais vãos se não fosse a pouca estima em que têm aqueles que os louvam”.

Jean de La Bruyère
filósofo francês (1645-1696).

 

 

 

 

 

 

 

“A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos dez outros”.

George Bernard Shaw
dramaturgo irlandês (1856 – 1950).

 

“Conheço a morte, sou um dos seus velhos empregados. Creia-me, em geral a gente sobrevaloriza-a demais. Posso afirmar-lhe: é quase insignificante. Porque tudo o que, em certas circunstâncias, precede esse instante sob forma de maçadas não pode ser considerado como parte dela; é o que há de mais vivo e pode conduzir à vida e à cura. Mas ninguém que voltasse da morte seria capaz de lhe contar coisas interessantes a seu respeito porque não damos por ela. Saímos das trevas e entramos nas trevas. Entre estes dois instantes há coisas vividas, mas nós não vivemos nem o começo nem o fim, nem o nascimento nem a morte: não tem caráter subjetivo, como acontecimento pertencem inteiramente à esfera do objetivo. Assim é que é”.

Thomas Mann
no romance A Montanha Mágica.

 

 

“A mediocridade costuma condenar tudo que ultrapasse seu horizonte.”

François de La Rochefoucauld, filósofo francês (1613-1680).

 

 

 

“Nos dias de hoje quase todos os pretensos progressos do ser humano, tais como a construção de casas e a derrubada de florestas e de todas as árvores de grande porte, deformam simplesmente outro panorama e fá-lo cada vez mais inexpressivo e vulgar. Ah! Quem me dera conhecer um povo que iniciasse a destruição das divisas demarcatórias e deixasse intatas as florestas!”

Henry David Thoreau,
filósofo norte-americano
(1817-1862).

 

 

 

“O Brasil chegou ao fundo do poço. E agora, roubaram o fundo e o poço”.

 

Fausto Silva,
apresentador de TV brasileira (1950-).

 

 

 

 

“O amor é carniceiro, quer possuir inteiramente seu objeto, reinar indivisivelmente, corpo e alma, sobre o coração de sua vítima, dominá-la, devorá-la mesmo. Sim, o apaixonado às vezes sonha avidamente, qual um vampiro, chupar o sangue que ele vê escorrer na pele translúcida de um decote”.

Aude Lancelin e Marie Lemonnier, no livro Os Filósofos e o Amor.

 

 

 

 

 

“Basta muitas vezes uma bonita casa que nos chega por herança, um belo cavalo, um bonito cão de que nos tornamos dono, e, menos ainda, uma tapeçaria ou um relógio de sala, para adoçar uma grande dor e para nos fazer sentir menos uma grande perda.”

Jean de La Bruyère
Filósofo francês
(1645-1696).

 

 

 

 

 

 

 “Muito melhor que uma criança é um macaco. Ter um filho equivale a enfiar um estranho dentro de casa. É como se eu levasse o gerente do meu banco para morar comigo e, ainda por cima, passasse a sustentá-lo”.

Diogo Mainardi, escritor e jornalista brasileiro (1962 -).

Fonte: https://brazil.mom-rsf.org

“Senhor Deus! Dai-nos as coisas boas, ainda que não as imploremos, e recusai-nos as perigosas, mesmo que as supliquemos”.

Montesquieu, filósofo, político e escritor francês (1689-1755).

 

“Não tenhas medo dos fracassos. O primeiro é necessário, porque exercita a vontade. O segundo pode ser útil. Se te levantares do terceiro, és um homem. És como a uva, bem melhor, quando amadurece sobre as pedras”.

  1. Bazin, romancista francês (1853-1932).

 

“As pessoas não gostam de mudar de opinião em público; só mudam de opinião em particular”.

Pola Oloixarac, filósofa e escritora argentina (1977 -).

 

“Se um jovem escritor conseguir abster-se de escrever, não deveria hesitar em fazer isso”.

André Gide, escritor francês (1869-1951).

 

“Os líderes religiosos são plenamente capazes de verbalizar os truques que colaboram para a sobrevivência da religião. Martinho Lutero sabia bem que a razão é arqui-inimiga da religião, e frequentemente advertia sobre seus perigos: ‘A razão é o maior inimigo que a fé possui; ela nunca aparece para contribuir com as coisas espirituais, mas com frequência entra em confronto com a Palavra divina, tratando com desdém tudo o que emana de Deus’. De novo: ‘Quem quiser ser cristão deve arrancar os olhos da razão’. E de novo: ‘A razão deve ser destruída em todos os cristãos’”.

Richard Dawkins, geneticista e escritor britânico, no seu livro Deus, um Delírio.

 

“Nessa época, 1972 ou 1973, o movimento hippie entrou numa rápida desintegração e se tornou uma moda burguesa. A revolução psicodélica acabou sendo menos profunda e séria do que seus adeptos esperavam. A coisa mais criativa que produziu, a música, foi rapidamente absorvida pelo entablishment e começou a fazer parte da cultura oficial e a tornar milionários e multimilionários os antigos rebeldes e marginais, seus representantes e gravadoras, a começar pelos próprios Beatles e terminando nos Rolling Stones”.

Mario Vargas Llosa, escritor peruano (1936 -).

 

“’Conhece-te a ti mesmo?’ Se eu me conhecesse, fugiria espavorido”.

Goethe, poeta alemão (1749-1832).

 

“Todo santo deveria ser considerado culpado até ser julgado inocente”.

George Orwell, escritor e jornalista inglês (1903-1950).

 

“Dois irmãos em desacordo são como duas mãos que se atrapalham em vez de se ajudarem”.

Xenofonte, filósofo e general grego (430 a. C. – 355 a. C.).

 

“É preciso estendermos à nossa volta uma grande teia de amor, assim como as aranhas estendem a teia para apanhar o que lhes passa ao alcance. Em vez, porém, de agir como o animal, que destrói e aniquila, detenhamos o que passa, unicamente para consolar e fazer o bem”.

Léon Tolstói, escritor russo (1828-1910).

 

“A velhice é a paródia da vida”.

Simone de Beauvoir, escritora francesa (1908-1986).

 

“Aprender novas tecnologias é para nós, japoneses, um modo de vida, e outros povos terão de adotar esse sistema; não é possível e desejável agarrar-se ao passado”.

Akio Morita, inventor e empresário japonês (1921-1999).

 

“Dai-me o controle sobre os bens de uma nação, e para mim é indiferente quem é que faz as leis”.

Mayer Amschel Rothschild, banqueiro alemão (1744-1812).

 

“Levei quinze anos para descobrir que não sabia escrever, mas aí já não podia parar – tinha ficado famoso demais”.

Robert Benchley, jornalista e humorista norte-americano (1889-1945).

 

“É um escândalo a quantidade de mulheres que flertam com seus próprios maridos em público. É como lavar a roupa limpa fora de casa”.

Oscar Wilde, escritor e dramaturgo irlandês (1854-1900).

 

“Uma igreja é um lugar onde senhores que nunca estiveram no Céu dizem maravilhas a respeito dele para pessoas que nunca irão para lá”.

  1. L. Mencken, jornalista norte-americano (1880-1956).

 

 

 

 

 

“Só contam para o homem três acontecimentos: nascer, viver, morrer: ele, porém, não se sente nascer, sofre por ter de morrer e esquece-se de viver”.

Jean de La Bruyère, filósofo francês
(1645-1696).

 

“Vivo em minha casa a maior parte do tempo e gostaria de nela comprazer-me mais do que alhures. ‘Após tantas viagens por terras e mares, após tantos combates, possa eu enfim aí encontrar o repouso na velhice!’ Não sei se o conseguirei. Gostaria de ter herdado de meu pai, em lugar de outras coisas, o amor apaixonado que devotava à administração de seus bens. Era feliz em geri-la, adaptando-se ao que possuía. As pessoas que se dedicam aos grandes problemas políticos poderiam acenar-me com a mesquinhez de minha atividade; isso pouco me importaria se jamais viesse a seguir meu pai em seus gostos. Acho que servir ao público e ser útil ao maior número é o que há de mais honroso, ‘nunca apreciamos melhor os frutos do gênio e da virtude como quando repartimos com o próximo’, mas, pessoalmente, renunciei a essa ambição por covardia e consciência; tais encargos parecem-me tão pesados que tenho a convicção de não poder desempenhá-los. Platão, que era um mestre em tudo o que respeita ao governo dos Estados, absteve-se entretanto de aceitar quaisquer funções. Contento-me em gozar a vida sem demasiado ardor, porém; em levar uma existência simplesmente suportável que não seja uma carga nem para mim nem para os outros”.

Michel de Montaigne,
filósofo francês (1533-1592).

 

“Hoje em dia é muito raro encontrar mulheres que sintam prazer e queiram dá-lo. Seduzir uma mulher que a gente não conhece, trepar com ela, tornou-se uma fonte de vexames e problemas. Só de pensar nas conversas chatas que é preciso aturar até levar uma fêmea para a cama, e lembrar que na maioria dos casos ela acaba sendo uma amante decepcionante, além de encher o saco com seus problemas, falar dos antigos casos – dando, de passagem, a impressão de que você não está à altura deles -, e que vai ser preciso passar pelo menos o resto da noite com ela, pode-se entender por que os homens preferem evitar um bocado de problemas em troca de uma pequena quantia”.

Michel Houellebecq, escritor francês, no romance Plataforma.

https://www.travessa.com.br

“Fazer dinheiro no mercado de capitais é tão simples que um macaco poderia fazê-lo. Eis aqui o segredo: compre em baixa e venda em alta”.

David Dreman, investidor canadense (1936 -).

Nota da Redação: a título de homenagem, todos os pensamentos desta seção pertencem ao incorrigível frasista italiano Pitigrilli, pseudônimo de Dino Segre (1893-1975). Os pensamentos foram retirados do livro O Colar de Afrodite (Casa Editora Vecchi, 1959). Vamos refletir e rir um pouco?

Fonte: https://torino.corriere.it

 

“A mulher é advogada por natureza. O seu sexo é por si mesmo um diploma de formatura. A mulher sabe por instinto as malícias do sofisma, as falsificações das provas, o suborno das testemunhas, a astúcia do álibi…”

 

“A vida do vagabundo tem suas vantagens: não ser escravo da hora, de um fim, dos encontros combinados; não caminhar seguindo direções preestabelecidas”.

 

“Vinte e oito anos, a idade trágica dos homens que amam: não se tem mais a robustez do amante jovem e não se tem ainda o dinheiro do amante velho.”

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